Estudo da ImpulsoGov mostra que vacinação pode ter salvo mais de 8.700 vidas no Estado do Rio de Janeiro
- Publicado em 22/07/2021
Estudo inédito desenvolvido pela ONG brasileira de saúde pública ImpulsoGov aponta que a vacinação pode ter sido responsável por salvar mais de 8,700 vidas no estado do Rio de Janeiro.
A redução de óbitos foi observada de forma mais significativa entre pessoas com mais de 60 anos. Este grupo, que concentrava as maiores taxas de mortalidade por COVID-19 no estado, já está, em sua maioria, com o esquema vacinal completo. Abaixo dessa faixa etária, ainda há poucos grupos plenamente imunizados.
A pesquisa ainda aponta que a vacinação teve um impacto redutor no número de óbitos de mais de 45% e, em caso de ausência no processo de avanço, poderíamos ter observado picos diários de mais de 350 óbitos. O estudo traz, ainda, outros números relevantes sobre o histórico da vacinação contra COVID-19 no estado.
Para João Abreu, diretor-executivo da ONG ImpulsoGov, a eficácia da vacinação é inquestionável e a experiência do Rio de Janeiro reforça esse fato, com mais de 8 mil vidas salvas. No entanto, é preciso manter o ritmo da vacinação para se conseguir a almejada imunidade coletiva e, para isso, é fundamental que todos os cidadãos se vacinem, independentemente do tipo de vacina oferecida no momento da vacinação. “Todas as vacinas autorizadas pela ANVISA são seguras, eficazes e reduzem significativamente o risco de morte ou infecção grave por COVID-19. Por isso, vacinar-se é fundamental.”
Abreu ressalta, ainda, que as medidas de prevenção como uso de máscara e de distanciamento devem ser mantidas mesmo após a vacinação: “embora nos proteja contra infecções graves, a vacina não impede que entremos em contato com o vírus e eventualmente infectados outras pessoas, por isso, é importantíssimo manter o máscara, distanciamento social e preferir lugares abertos ou bem ventilados, mesmo após a imunização completa”.
Evolução das vacinas aplicadas no estado
O estudo da ImpulsoGov aponta que, até abril de 2021, a maior parte das pessoas foram imunizadas com Coronavac. Entre abril e junho, no entanto, a predominância de imunização foi feita com a vacina de Oxford-AstraZeneca. A partir de então houve crescimento significativo de imunizações feitas com as vacinas da Pfizer e Janssen.
Percentual de imunizações por vacina no estado
O estudo indica que, atualmente, 46,0% da população foi vacinada com Oxford-AstraZeneca, 42,7% com Coronavac, 9,0% com Pfizer e 2,3% com Janssen. A maior parte do grupo com mais de 80 anos de idade foi vacinada com Coronavac. Entre 75 e 80 anos há paridade entre Oxford-AstraZeneca e Coronavac. Já aqueles com idades entre 65 e 75 anos foram, em sua maioria, imunizados com a vacina Oxford-AstraZeneca. Entre os grupos com menos de 60 anos de idade, cerca de 50% receberam doses da vacina de Oxford-AstraZeneca e 25% da vacina Comirnaty, da Pfizer.