Estudo da ImpulsoGov mostra que vacinação pode ter salvo mais de 8.700 vidas no Estado do Rio de Janeiro

Estudo inédito desenvolvido pela ONG brasileira de saúde pública ImpulsoGov aponta que a vacinação pode ter sido responsável por salvar mais de 8,700 vidas no estado do  Rio de Janeiro. 

A redução de óbitos foi observada de forma mais significativa entre pessoas com mais de 60 anos. Este grupo, que concentrava as maiores taxas de mortalidade por COVID-19 no estado, já está, em sua maioria, com o esquema vacinal completo. Abaixo dessa faixa etária, ainda há poucos grupos plenamente imunizados.

A pesquisa ainda aponta que a vacinação teve um impacto redutor no número de óbitos de mais de 45% e, em caso de ausência no processo de avanço, poderíamos ter observado picos diários de mais de 350 óbitos. O estudo traz, ainda, outros números relevantes sobre o histórico da vacinação contra COVID-19 no estado.

Para João Abreu, diretor-executivo da ONG ImpulsoGov, a eficácia da vacinação é inquestionável e a experiência do Rio de Janeiro reforça esse fato, com mais de 8 mil vidas salvas. No entanto, é preciso manter o ritmo da vacinação para se conseguir a almejada imunidade coletiva e, para isso, é fundamental que todos os cidadãos se vacinem, independentemente do tipo de vacina oferecida no momento da vacinação. “Todas as vacinas autorizadas pela ANVISA são seguras, eficazes e reduzem significativamente o risco de morte ou infecção grave por COVID-19. Por isso, vacinar-se é fundamental.” 

Abreu ressalta, ainda, que as medidas de prevenção como uso de máscara e de distanciamento devem ser mantidas mesmo após a vacinação: “embora nos proteja contra infecções graves, a vacina não impede que entremos em contato com o vírus e eventualmente infectados outras pessoas, por isso, é importantíssimo manter o máscara, distanciamento social e preferir lugares abertos ou bem ventilados, mesmo após a imunização completa”.

Evolução das vacinas aplicadas no estado

O estudo  da ImpulsoGov aponta que, até abril de 2021, a maior parte das pessoas foram imunizadas com Coronavac. Entre abril e junho, no entanto, a predominância de imunização foi feita com a vacina de Oxford-AstraZeneca. A partir de então houve crescimento significativo de imunizações feitas com as vacinas da Pfizer e Janssen.

Percentual de imunizações por vacina no estado

O estudo indica que, atualmente, 46,0% da população foi vacinada com Oxford-AstraZeneca, 42,7% com Coronavac, 9,0% com Pfizer e 2,3% com Janssen. A maior parte do grupo com mais de 80 anos de idade foi vacinada com Coronavac. Entre 75 e 80 anos há paridade entre Oxford-AstraZeneca e Coronavac. Já aqueles com idades entre 65 e 75 anos foram, em sua maioria, imunizados com a vacina Oxford-AstraZeneca. Entre os grupos com menos de 60 anos de idade, cerca de 50% receberam doses da vacina de Oxford-AstraZeneca e 25% da vacina Comirnaty, da Pfizer.

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